Um homem, entre um cigarro e outro, imprime um monte de papéis iguais. Um nome, leve descrição de comportamento ("nunca termina o que começa") e olhinhos fitando quem olha a foto. Olha pra um daquele monte de anúncios.
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Carros passando, barulho. Barulho. Uma roda de bicicleta! Quase! Quase! Petelecos, onde?! Onde?!
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Ele senta de novo a frente do computador. Não olha pra tela, olha pro nada, pela janela do apartamento. Ele lembra da alegria de ambos quando iam passear... Respira fundo, põe a mão sobre os joelhos e força para se levantar
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uma bolinha! Quase! Quase! Que menina esquisita que gritou! cadê aquele moço?! Ai que fome!
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Pega calmamente a pilha de anúncios do desaparecimento triste. Desce de escadas, não quis descer sete andares de elevador porque nunca desceram juntos de elevador. Abre a porta e prega o primeiro no quadro de avisos do condomínio.
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Olha! Um amigo enorme! Corre! Quase! Quase! Rodas! Muito grandes! Maiores, maiores. Cadê meu dono?!
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Sai pela porta do apartamento, estão recolhendo um corpo de cachorro na rua... Atropelado por um caminhão de ração de cachorro, com um cachorrão no lado. Ele ri pra se mesmo "...que irônico..." finalmente ele fica triste. Se lembra do próprio cachorro. "Quase" -Ai como eu gostava de ficar gritando o nome dele! "Quase! Vem cá Quase!" Será que ele também morreu?
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5 comentários:
Me deu uma dor no coração...
Confesso que entendi nas partes finais a trama. Corrija os errinos ;)
beijos
suponho que seja essa a intenção, né? (a confusão). a ironia foi muito sua mesmo. e claro, o nome deste cão não poderia ter vindo de outro...
Cara, mais uma vez, muito bom!
habilita o rss do blog, assim fica mais fácil de seguir...
abraço...
E eu fiquei com um coração tão pequeno, tenho uma paixão enorme por cães. Tão fiéis, tão amigos, tão eles mesmos.
Eu quero uma roda de bicicleta pra mim...
Quase não entendi, até o final.
Bacana, sô. Te achei pela Thaísa! Prazer!
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