04/10/2007

Pescando esmeraldas... E um filme...

Um sítio em esmeraldas. uma manhã de sol Lúcio e sua esposa Marcela iam sair pra pescar quando:
-Marcela...
-Oi amor, você tá bem?
-Tô... ar... dor... pega o remédio...
A esposa se desespera - Onde você colocou amor? cadê o remédio?
-Gaveta... não... não lembro... pega a chave do carro.
-Peguei, tô indo buscar ajuda! - diz a esposa ainda mais desesperada saindo pela casa.
Lúcio tenta se lembrar:
Ai meu Deus, cadê o remédio, Lúcio cadê o remédio? Foi na gaveta, eu tirei de casa... aquela casa, comprei quando o Marcos nasceu, precisava de um cômodo a amarela antiga, apesar do quintal grande... Minha lua de mel foi lá... bons momentos aqueles... Esquece a lua! Remédio! eu tirei do quarto, pus no porta-luva do carro, que tava com o freio falhando... o Marcos que me lembrou de olhar pelo telefone... Me contou do meu netinho, moleque esperto! já tá falando muita coisa, tem nem 10 meses ainda. A minha nora também, meu filho sabe casar, puxou o pai! A Marcela sempre se preocupa comigo... tá até procurando ajuda... Que freio o que meu Deus onde tá o remédio? eu to ficando sem ar demais, que nem na 7a série, minha primeira briga de colégio, menino forte aquele... Esquece o Vicente! Lembra do nome do moleque mas nada do remédio! Tirei do porta luva, minha esposa reparou no meu sapato novo, comprei pra ela, ela adora aquele couro, como é que ele chama mesmo? Não me lembro! Eu entrei na casa, custei comprar o material de construção, foi com as minhas mãos, do Marcos e do Carlinhos, filhões esses, sempre ajudando o grande aqui... Cadê o remédio... Foi na porta da dispensa, não! não lembro... até no aniversário do Carlos de 5 anos que eu dei uma bola e ele jogou no cahorro que tava me mordendo, coitado, a bola furou toda... dei um prêmio pelo bom comportamento dele. O Marcos que sempre foi mais espuletinha, tinha um monte de namoradas e a Luíza deu um jeito nele. Grande nora! Esquece o boneco! O remédio!!! cadê? eu pus no porta-luva, saí de viagem, estrada lisinha, parecia seda, verão passado tava uma buracada só, o pneu furou e a gente almoçou na estrada, tava lá eu, Marcela, Marcos e Carlinhos, a Luísa chegou depois, fez um tutu que deu água na boca... Lembrei! O remédio! tá no quarto! tá do lado da cama!, não... tirei depois pra pegar num sei o quê, eu sempre fui esquecido... não fazia dever, atrasava entrega de relatório... aidna bem que aposentei... curo os filhos, os netos... O remédio, foi onde? tô sem ar, o ombro tá doendo como nunca, nem sabia que ele doía tanto num infarto... doeu que nem no jogo de futebol que eu joguei em Caldas Novas... caí de mal jeito, conheci a Marcela lá... Tô sem ar... sem ar...
- sem ar...

Fim...


E eu mais perto desse dia... daqui a 2 horas e 41 min.

Abraço!


Rodrigo

2 comentários:

Gabriel Zocrato disse...

Esse texto foi completamente animico, nao? Axo q ajuda as pessoas a entenderem o q se passa em sua kbca. Sorte sua q nao precisa de remedio! Mais por favor nao coloque "fim", nada mais vulgar.
FELIZ ANIVERSARIO atrasado de novo.

abraco

Carolina Arantes disse...

nu...que chocante.

legal a sequencia das lembranças e talvez uma certa ânsia ou esperança no futuro...quem sabe planos? =P
Está me saindo um bom ''contador''(espero q pegue o duplo sentido mtemático.)